08/08/2015

QUATRO TIPOS DE PESSOAS QUE PASSARAM PELA VIDA DE JOSÉ

A vida é a soma inevitável de relacionamentos. Insurge-se contra a própria sabedoria aquele que se separa, já dizia Salomão.

Relacionar-se é uma arte. Para alguns, muito normal, para outros, tenebroso e melindroso, porém para uns; prazeroso.

Aderir pessoas a nossa vida não é uma coisa tão simples, pois não é todo tipo de pessoa que deve saber ou pelo menos estar à parte de tudo o que acontece conosco, ou o que vivemos ou desejamos.

Ao observamos a vida sob o prisma do que podemos extrair dos relacionamentos, é curioso como aprendemos no que ainda podemos vivenciar.

O que mais se torna triste nesta soma de relacionamentos, é que um número, se grande não sei, ou se pouco também não consigo enumerar é surpreender-se com pessoas que comentem o mal.

O mal é mau.

O mal, ao mesmo tempo em que machuca, ensina.

Ensina que a maldade é possível.
Ensina que a maldade é planejada.
Ensina que a maldade é invisível em sua preparação.
Ensina que alguém pode escolher ser mau.

O tempo que nos é dado por Deus para viver, nos permite conhecer vários tipos de pessoas.

Não falo de pessoas ricas ou pobres, gordas ou magras, cultas ou não, leigas ou doutas, falo de pessoas que escolhem fazer o mal.

O mal é uma opção, assim como o bem também é; porém a colheita da escolha é inevitável.

Nossa natureza humana é de revidar. Se alguém um mal nos faz, queremos logo tomar as devidas providencias.

Para este momento preciso aprender em meio ao convívio, que encontros são inevitáveis.

Mais uma vez; olho para a vida do jovem José, que começou a perceber algumas coisas muito cedo em sua vida, sobre o relacionamento com pessoas. Para tanto, desejo meditar em: Quatro tipos de pessoas passaram pela vida de José.

1 - Pessoas que fazem mal, com o intuito de lhe fazer ser esquecido.

Está escrito em Gn.39:1 que “José foi levado ao Egito”. José era de Canaã, só estava no Egito, por causa de uma tamanha maldade.

Para uma pequena semente, chamaria como figura os “irmãos de José”, como a representação perfeita de “pessoas que fazem mal, com o intuito de lhe fazer esquecido”.

Para os irmãos de José, ele era o mimado do pai, era o sonhador-mor, era o obediente que levava lanchinho.

Os irmãos de José; não só intentaram mal, como sustentaram a sua maldade, quando a Jacó disseram que ele tinha morrido. Gn.37:33 e quase vinte anos depois ao próprio José que já não existia. Gn.42:13

Esta classe de pessoas não apenas estão interessadas em sepultar vidas, mas também suas histórias. Existem pessoas que por pouca coisa fazem com que outros não existam, seja por meio da calunia, da difamação, da miserável inveja, e o desprazer pelo sucesso alheio.

José conviveu com isso, mas soube entregar a Deus sua vida, e para esta situação, a resposta da bondade de Deus a esta maldade; foi o retorno de seus irmãos dizendo á todos que: Ele vivia. Gn.45:9

2 - Pessoas que fazem mal, porque não podem ter o que querem.

Em Genesis capitulo 39, temos a figura da mulher de Potifar. Uma mulher que tinha tudo no reino, porém; só não tinha quem ela queria: José.

Ela fez de tudo durante muito tempo para conquistar o que para ela seria fácil; o que ela não sabia era que o moço era difícil.

Pessoas que fazem mal, porque não podem ter o que querem, não conseguem se contentam em não ter.

Essa mulher se mostra como uma mentirosa, caluniadora, falsa e sem caráter.

Essa mulher não queria só um beijo, um abraço, ela queria ter o controle de todo o sentimento de José. Ele não queria só o corpo, ela queria prender a sua alma.

Ela tomou a maior das invertidas de sua vida, na verdade, a mulher levou um grande fora, ficou no vácuo. Ela perdeu, mas ela era má. Não contente, levantou a bandeira da injustiça e o fez José ir para a prisão.

Essa mulher era perturbada, só podia. Ter a coragem de ainda falar “meu marido”, pouca vergonha.

Pouca vergonha é o que dá vontade de falar para gente como essa.

Mas o que fez José?

3 - Pessoas que fazem mal, porque não querem ser mal vista em seus círculos

José foi comprado das mãos dos ismaelitas por Potifar.

Temos uma figura de um importante capitão; um homem mui respeitado; um egípcio de muitas posses, de muita gente á seu serviço, e com uma mulher que no mínimo devia ser de chamar atenção; ou julgamos a pensar que ao convidar José, ela está com alguma camisa de campanha eleitoral? Sejamos razoáveis.

Eis um homem de muitos contatos, que sabia o que era mandar, e ter as coisas junto a si à hora que bem desejasse.

Foi uma pessoa que percebeu algumas coisas em José, como um escravo forte e saudável, responsável, e que tinha algo especial que era Deus e por tudo isso, foi tido com uma pessoa confiável.

No dia mal, no dia que poderia ter sido bom, ele resolveu fazer um mal.

Penso que sua consciência dizia: “Mas ele fez isso com sua mulher, tem certeza? Quando ele te deu algum problema? Quando alguém reclamou dele?”

Mas o que estava em questão era o seu status construído nos seus círculos. O que pensariam seus soldados? O que pensaria seus funcionários? O que diria Faraó? O que diria sua mulher?

Seria mais cômodo manter o status de capitão, servo do rei, patrão esperto, maridão atento.

Com exceção da mulher de Potifar, sua semelhança com Pôncio Pilatos é tamanha. Um homem levado pela opinião do povo.

Que mal teria encerrá-lo na prisão?

E o que José fez novamente?

4 - Pessoas que não fazem mal, porque só querem te ver bem.

Na sucessão de maldades visíveis, Genesis 39 nos apresenta a boa mão do Senhor sobre José. Não tinha jeito! Aonde chegava, José era confirmado em suas obras.

Podemos ter um ali, outro lá, que não nos queira bem; mas, existe alguém em algum lugar, que nos quer bem. Como ficamos felizes por isto ser verdade.

Pessoas que nos querem bem, torcem, vibram pela nossa vida.

Pessoas que nos querem bem, procuram saber não de outros como estamos, mas de nós mesmos como estamos.

José pode não ter encontrado esta graça em seus irmãos até certo ponto, mas seu pai demonstrou de sua simples forma que queria o seu bem.

José viveu para servir. Trabalhou. Supervisionou. Preocupou-se muitas vezes, e chegou a governar.

Pessoas que nos querem bem, acreditam muito mais em nossa vida do que pensamos.

Pessoas que nos querem bem, estão juntas em todos os momentos, seja no dia da celebração por um conquista, ou até por uma enfermidade acometida.

José não só conviveu com algumas pessoas de bem, mas foi um homem de bem. E por ser de bem, observamos que os pequenos gestos são como os dedos de Deus nos elevando.

Foi assim, quando um copeiro depois de dois anos lembrou-se de José. Gn.41:9
Foi assim, quando dos lábios de Faraó veio a José seu novo nome: Provedor de Alimento.
Foi assim, quando pela mão de Faraó, José recebe a filha de um sacerdote para ser sua mulher.
Foi assim, quando no fim da vida seu pai que queria vê-lo bem no começo, ainda na velhice continuou querendo o mesmo: Vê-lo bem.

Encerro esta meditação com uma das bênçãos mais demoras de um pai a seu filho.

Gn.49:22- 26 José é um ramo frutífero, ramo frutífero junto à fonte; seus ramos correm sobre o muro. Os flecheiros lhe deram amargura, e o flecharam e odiaram. O seu arco, porém, susteve-se no forte, e os braços de suas mãos foram fortalecidos pelas mãos do Valente de Jacó (de onde é o pastor e a pedra de Israel). Pelo Deus de teu pai, o qual te ajudará, e pelo Todo-Poderoso, o qual te abençoará com bênçãos dos altos céus, com bênçãos do abismo que está embaixo, com bênçãos dos seios e da madre. As bênçãos de teu pai excederão as bênçãos de meus pais, até à extremidade dos outeiros eternos; elas estarão sobre a cabeça de José, e sobre o alto da cabeça do que foi separado de seus irmãos.

Semana de vencer nos relacionamentos.


Fernando Cardoso

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