Salmos 42.1-5.
Ps.42:1-5.
1 Como o cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha
alma por ti, ó Deus!
As the hart panteth after the water brooks, so panteth my soul after
thee, O God.
2 A minha alma tem sede de Deus,
do Deus vivo; quando entrarei e me apresentarei ante a face de Deus?
My soul thirsteth for God, for the living God: when shall I come and
appear before God?
3 As minhas lágrimas servem-me de
mantimento de dia e de noite, porquanto me dizem constantemente: Onde está
o teu Deus?
My tears have been my meat day and night, while they continually say
unto me, Where is thy God?
4 Quando me lembro disto, dentro
de mim derramo a minha alma; pois eu havia ido com a multidão; fui com eles à
Casa de Deus, com voz de alegria e louvor, com a multidão que festejava.
When I remember these things,
I pour out my soul in me: for I had gone with the multitude, I went with them
to the house of God, with the voice of joy and praise, with a multitude that
kept holyday.
5 Por que estás abatida, ó minha
alma, e por que te perturbas em mim? Espera em Deus, pois ainda o
louvarei na salvação da sua presença.
Why art thou cast down, O my soul? and why art thou disquieted in me? hope thou in God: for I shall yet
praise him for the help of his
countenance.
Como um animal
desesperado por água, para revigorar suas forças; o salmista compara a sua
alma; que precisa
fazer o mesmo, e para isto é lista alguns passos para que seu vigor espiritual
não se esvaia por qualquer que seja a sua situação:
Baseado neste Salmo; aprendemos que a
alma do ser humano somente pode ser completamente preenchida, quando esta se
volta para Deus, quando seu estado é o se sequidão de estio, é o desespero pelo
refrigério; somente Deus que é a fonte, por meio de Seu Espírito, traz descanso
para nossas almas, refrigério para nossas almas. Você tem notado que sua alma
está sedenta? Você tem percebido como a falta do Senhor, traz grandes prejuízos
para nossa alma assim como nosso corpo sem água? Quer nunca mais sofrer de
sequidão espiritual? Você tem encaminhado sua alma à presença do Senhor? Seu
corpo não quer, mas sua alma..?!!
INTRODUÇÃO Nosso encontro com Deus sempre será um momento de renovação, pois, este
encontro está como o objetivo de se estreitar; melhorar, ser mais parecido o
possível com Ele, em nossas atitudes, pensamentos etc..
Que esta leitura possa também lhe
conduzir á meditar; medir; observar como está o grau de intimidade com Deus.
Deus e o Seu amor na alma é o foco
destas palavras. É muito bom saber que desfrutar um amor na alma está ao
alcance de todos que a Deus se achegam.
A mais de 1600 anos Agostinho em seu
livro “Confissões” quando questionado porque ele amava tanto a Deus ele disse: “Quando digo que em minha alma, amo ao
Senhor, não estou dizendo que amo o cântico suave e harmonioso; não a
fragrância das flores, dos perfumes, das especiarias; não o maná ou o mel, não
aqueles membros do corpo que tem prazer em abraçar. Não são estas coisas que
amo quando ama o meu Deus. Mas, quando O amo, é verdade que amo certo tipo de
luz, uma voz, um perfume, uma comida, um abraço. Mas estas são coisas do tipo
que amo no meu interior, quando minha alma se banha na luz que não é limitada
por espaço; quando houve o som que nunca acaba; quando sente a fragrância que o
vento não dissipa; quando prova o alimento que nunca acaba; quando se prende
num abraço do qual não é separada pela satisfação do desejo. Isto é o que eu
amo quando amo a Deus”
John Piper em seu livro “Uma vida
voltada para Deus” diz “Aquele que tem
sede venha e continue vindo, até que nossa comunhão seja tão intima, que não
haja qualquer distância entre nós e o Senhor”
O que vem a ser isto nestas vidas;
senão o que disse William Bates "A
comunhão com Deus é o princípio do céu".
I. O QUE É A
COMUNHÃO COM DEUS
Relacionamento; conhecer por convivência; provar por
experiência Só pode ser em um crente nascido de novo.
1. Definição e exemplos de vidas . A comunhão
com Deus é a intimidade que o crente, mediante a obra redentora de Cristo e por
intermédio da ação do Espírito Santo, desfruta com o Pai Celeste, e que o leva
a usufruir de uma vida espiritual plena e abundante (Rm 5.1; 2 Co
13.13). Assim foi com Enoque (Gn 5.24); com Eliseu (2 Rs 4.9); com Abraão o amigo de Deus (Is 41.8); com Jó (Jó 19.25).
No século 17 John Owen pensava nesta
mesma linha “ Nossa comunhão com Deus
consiste na comunicação dEle mesmo conosco e em Lhe respondemos com aquilo que
Ele requer e aceita”
Andar com Deus, que é um andar por fé,
um andar de acordo.
Nossa comunhão é com Por meio dos elementos
COMUNHÃO
CRISTÃ
COM DEUS (1
JO 1.3)
|
MEIOS DE
COMUNHÃO
COM A
TRINDADE
|
Pai (1 Jo 1.6)
Filho (1 Co 1.9)
Espírito Santo (2 Co
13.13; Fp 2.1)
|
A Escritura (Sl
119.33-35)
Adoração (At 16.25,26)
Oração (Mt 6.9-13)
|
II. A ALMA
HUMANA ANSEIA PELOS ÁTRIOS DE DEUS
1. O vazio
humano. Deus não aprecia elementos vazios, haja vista quando no inicio de todas
as coisas a terra era sem forma e vazia. Vivemos em um mundo que nos mostra
como ser cheio; cheio de vaidades, influência, imponentes; donos do ter e não
do ser; épocas em que ter é o que vale e você vale o que tem, mas como está
escrito em Mt.16:26 “Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo
inteiro, se perder a sua alma?”
O texto áureo da Bíblia vai de encontro
ao maior problema deste mundo: O vazio de Deus!
O mundo está cheio de ofertas, entretenimentos,
facilidades e hedonismo para que a distância a Deus seja a cada dia uma
realidade, somente a pregação fiel do Evangelho de Cristo fará com que decisões
ocorram, e se troque o efêmero, o passageiro, o mundado, pelo gozo eterno de
glória mui excelente.
2. A plenitude
da comunhão divina. John Bunyan, preferiu a prisão de Bedford e a distância de sua
esposa e filhas; do que deixar de pregar
o Evangelho. Ele ficou 12 anos na prisão onde que do livro “O Peregrino” que escreveu; disse George Whitefield
“Tem
cheiro de prisão”. Estamos dispostos a isto? Será que para nossos dias
a verdade de Fl.1:29 muda?
Não vale renúncias? Desassociações? Arrependimento? Para
uma disciplina na comunhão com Deus mais afinada?
O que anseia a sua alma?
Será que conseguimos transmitir a plenitude da bênção de Deus as pessoas; se não provar desta
comunhão? Rm.15:29
III. O DEUS DE
NOSSA COMUNHÃO
Deus é visto infelizmente pelo meio
“evangélico” como aquele que dá; faz; e obedece. Penso que o principal; onde se
fundamenta; dá estabilidade para a nossa vida espiritual; se resume em apenas
duas palavras: Deus é. É por não
saber o que Deus é; que muita gente vive uma vida cristã minguada, longe do que
a Palavra de Deus nos informa.
Qual tem sido a sua visão sobre a
pessoa de Deus?
Será que; o conhecer á Deus se limita somente ao
conceito; religioso; histórico ou teológico?
O anseio descrito por Davi está claro no Sl.42 “Por
ti, ó Deus” “sede de Deus” “do Deus vivo” “a face
de Deus” “Deus da minha vida” “Direi a Deus a minha rocha” “Meu Deus”
Davi faz uma leitura impar sobre a
pessoa de Deus que se resume em: Ele me satisfaz absolutamente
em tudo: Leiamos: Sl.73:25-26; Sl.16:2;11;Sl.103:2;Sl.33:1-2
Deus é mais glorificado em mim quando sou mais satisfeito Nele. Você
está satisfeito Nele?
Se Cristo não fosse a satisfação de meu
coração e não tivesse interesse de buscá-lo a cada dia; será que as pessoas
creriam se eu proclamasse que o Deus da nossa comunhão é:
1. O Deus
onipotente. O Deus pelo qual suspira a nossa alma pode todas
as coisas; para Ele inexiste o impossível (Gn 17.1; Lc 1.37). É tempo de descrermos nas
impossibilidades; se estivermos com dificuldade de crer; precisamos pedir como
alguém um dia pediu “Senhor ajuda na minha incredulidade” pois; quando estamos
diante do Todo-Poderoso; não estamos dizendo que Ele só; tem todo o poder; mas como também Ele
pode nos satisfazer em tudo por meio de Sua pessoa.
2. O Deus
onisciente. O Deus, a quem tanto amamos, sabe todas as coisas;
tudo lhe é patente. No Salmo 139, o salmista canta-lhe a onisciência,
declarando que Ele nos conhece profundamente; esquadrinha nossos mais íntimos
pensamentos, e não se surpreende com nenhuma de nossas ações. Quais são as coisas que fogem do seu raio de cobertura? Aonde não chega
o brilho de seu olhar?
3. O Deus de
amor. É porque nos ama que nos corrige; suporta; espera; livra; prova; prende;
tira; dá; envia; usa; toma; pede; manda; silencia; fala; dirige; surpreende; responde;
ilumina; sustenta; ensina; salva; consola; guarda; porque tudo tem o seu propósito
debaixo do céu.
Verdade Pratica: O verdadeiro
crente ama a Deus acima de tudo, porque Deus o amou com um amor eterno,
concedendo-lhe a graça divina em seu Filho.
Que nossa disciplina no amor á Deus
seja sim, maior do que amamos nossa esposa, filha(o), pai, mãe; pois não
encontraremos alguém que tenha maior amor do que este, de dar Seu Filho, para
morrer por nós sendo ainda pecadores.
Amemos não só de palavras, mas por obra
e em verdade.
Amemos de coração e não só de língua.
Que neste dia, possamos dizer como o
Salmista: Amo ao Senhor!
4. O Deus
soberano. Dentre ás várias vezes que Satanás perde de Deus nas Escrituras quando
tenta imitá-lo; vale apresentarmos pelo menos duas: Ele perde quando a Bíblia
apresenta Deus como Criador e ele fica de fora e perde quando a bíblia
apresenta somente Deus como soberano; cuja soberania
é inquestionável. Este é o nosso Deus; por Ele nos desfalece a alma. Sente a manifestação de Deus sobre a sua vida?
Que mais direi? Ele nos tem perdoado; dado dons etc..
CONCLUSÃO: O que se pensar e praticar após estas palavras? Se
não que a melhora de nosso relacionamento com Deus seja urgente. Que em nosso
amor para com Ele não haja nada nem ninguém que posso interferir. Que nesta
disciplina possamos como as demais, dar uma atenção imediata. Que este gozo por
Deus em minha alma, algumas pessoas possam ser atraídas e dizer comigo “Uma
coisa pedi ao SENHOR e a buscarei: que possa morar na Casa do SENHOR todos os
dias da minha vida, para contemplar a formosura do SENHOR e aprender no seu
templo”.Sl.27:4
Fernando Cardoso
Catedral
de Perus – SP - Brasil
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