02/08/2014

COMO PASSO PELO MEU PRÓXIMO?

“...passou...” Lc.10:31
O ato de ir e vir lhe dá indiscutivelmente e inevitavelmente o passar em algum lugar. Depende de nossa locomoção em alguns lugares temos que passar bem rápido. Vez ou outra encontramos alguém dizer: Sabe quem passou por aqui? E alguém responde, não acredito, perdi, ou em alguns casos, que livramento!
Podemos influenciar com nosso passar. Recorda-se da declaração de uma mulher ao seu marido? “Este que sempre passa por nós é um santo homem de Deus.” 2Rs.4:9.
Pois bem, houve um dia que talvez a semana de uma pessoa fosse terminar em tragédia, foi acometido de uma grande crueldade após ter sido despojado de tudo, ter sido espancado, e deixado em um estado nas últimas. Ali era um caminho, muitos iriam passar por ali, talvez essa fosse à esperança do pobre homem. Quando ele nota um barulho, o inevitável aconteceu, ao olhar um homem cantando, percebeu que ele “passou” sem fazer nada, ou melhor, ele fez, nada. Ao perceber a aproximação de outro homem recitando textos sagrados em voz alta, notou que ele também “passou”.
A passagem do bom samaritano é muito conhecida de todos nós, onde o “x” da questão era em saber quem era verdadeiramente o próximo.
A semana se inicia sem esconder pessoas na situação deste homem que estava no caminho.
E qual era a situação dele? Despojado, espancado, e meio morto.
Não faltará em nosso caminho que passamos, pessoas despojadas. Não falo apenas de valores monetários, mas de valores morais, sociais, emocionais e espirituais.
Pessoas desprovidas de senso do que é certo, pessoas desprovidas do básico, pessoas desprovidas de paz, pessoas desprovidas de esperança.
Pergunte para muitos que até ouviram as pegadas de uma aproximação, mas que quando notaram que iriam sair da situação alguém “passou” mas não ajudou.
Pessoas podem estar espancadas pelas ondas da vida sem Cristo, espancadas pela desmoralização, espancadas pelo desprezo, espancadas com feridas expostas e não há uma gaze, uma ajuda, uma água, ao contrario, quem poderia dar “passou” de largo.
Pessoas desprovidas de esperança, mortas em ofensas e pecados. Sem uma palavra de vida. Sem um bálsamo de Gileade. Sem uma mão estendida!
Pessoas despojadas podem ter de novo. Pessoas espancadas podem ser saradas.
Pessoas em estado meio morto podem respirar como antes.
Há caminhos que são rotineiros, o caminho do trabalho, da faculdade, de casa, de vizinhos. Há caminhos que são raros de vez em quando, que são aqueles das viagens, das férias, do tempo a sós, com Deus, com a família, com amigos.
Qualquer que seja o caminho, rotineiros ou raros, se tivermos que passar, não nos esqueçamos de olhar, para a direita, para a esquerda, para a beira do caminho, pode haver alguém despojado(a), espancado(a), e meio morto(a).
Nunca se viveu uma época de cada um por si como estamos vivendo hoje. É cada um buscando o que é propriamente seu e não o de Cristo, já dizia o apostolo Paulo (Fl.2:21), estamos na verdade ATRAVESSANDO PARA O OUTRO LADO sem uma missão cumprida!
A expressão passou de largo, no original do novo testamento é “Atravessou a rua”. Estamos atravessando a rua quando vemos os despojados, os espancados e os meio mortos.
Que o peso da palavra “passou” possa lhe sensibilizar o seu coração na força de sua idade!
Dentre vários clamores chocantes na Bíblia um deles começa com a palavra “passou”. Medite um pouco em Jr.8:20.
Não estou com esta reflexão lhe incentivando ser um tipo bom samaritano, mas em apenas se ligar em quem é o seu próximo.
Ainda bem que a historia desde homem despojado, espancado e meio morto mudou com a chegada do bom samaritano. Um viu e passou, outro viu e passou. Ele viu, moveu-se de intima compaixão, atou-lhe as feridas, levou-o para um lugar seguro, passou á noite com ele e no dia seguinte, financiou a sua estadia até a sua volta.
Semana de Vitória.
Fernando Cardoso

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